Protagonismo Juvenil
Este é um espaço virtual para informações sobre diversas expressões juvenis.
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sexta-feira, 1 de abril de 2011
quinta-feira, 22 de maio de 2008
Representantes de grêmios estudantis têm encontro neste sábado
Cerca de 200 estudantes participam, neste sábado (5), do I Encontro dos Grêmios da rede de ensino de Vila Velha. O evento será realizado de 8 às 17 horas, no Centro de Capacitação de Vila Velha (Titanic), na praça Duque de Caxias, Centro, e a programação consiste em seminário sobre Juventude e Participação. A coordenação do evento também preparou um Almoço Cultural com apresentação do rapper J3, e da skatista Aline Soares, campeã capixaba do esporte, e, por último, grafiteiros mostrando um pouco da arte do grafite.
Atualmente, 32 escolas que possuem turmas de 5ª a 8ª séries contam com grêmios estudantis. Para estimular à participação e o envolvimento dos alunos na vida escolar e comunitária, a Secretaria Municipal de Educação montou o projeto Protagonismo Político Juvenil, que desde maio do ano passado vem envolvendo os estudantes nas mais diversas discussões. O resultado já começa a aparecer.
Em novembro, houve a primeira eleição dos grêmios que contou com a participação maciça dos alunos, principalmente do público feminino. Dos mais de 400 representantes eleitos, 70% são mulheres. “A organização dos grêmios estudantis favorece o relacionamento e a convivência entre os nossos jovens”, ressalta Ana Lucia Rezende, coordenadora do projeto nas escolas.
Segundo ela, por serem institucionalizados, os grêmios podem representar a rica experiência que é a busca coletiva dos anseios, desejos e aspirações dos estudantes. Entre as conquistas dos grêmios estão a implantação de rádio-escola em algumas unidades de ensino nos horários de intervalos das aulas, e a confecção de carteirinha estudantil pelos representantes dos alunos.
Programação do seminário sobre Juventude e Participação :
• 8h30 – Credenciamento e café
• 9h – Abertura. Composição da mesa: prefeito Max Filho, secretário de Educação Roberto Beling, Ana Lucia Rezende – coordenadora do Projeto, Polyanna Simmer – pedagoga do Projeto, Thiago Emerick André Vescovi, presidente do Conselho Municipal de Juventude, Frank Marciano representando o NEJP, e um representante da UMAES.
• 10h – Apresentação - Secretário Municipal de Educação, Roberto Beling
• 11h – Apresentação – Ana Lucia Rezende – Movimentos sociais e participação.
• 12h – Almoço Cultural – apresentação do rapper J3, Aline Soares Dantas - Skatista e Grafiteiros.
• 14h30 – Polyanna Simmer – pedagoga - Demandas e ações das escolas.
• 17h – Encerramento.
fonte: http://www.vilavelha.es.gov.br/index.php?view=article&catid=1%3AGeral&id=9755%3Arepresentantes-de-gremios-estudantis-tem-encontro-neste-sabado&option=com_content&Itemid=103
Quarta- Feira, 21 de maio de 2008
Jornal do Brasil
Emprego cada vez mais difícil para estudantes
Quem sonha terminar a faculdade e ingressar no mercado de trabalho pode começar a se preocupar. Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revelou que o desemprego entre jovens de 15 a 24 anos é 3,5 vezes maior que entre os adultos com mais de 24 anos.
Segundo o estudo, a falta de experiência influencia na decisão das empresas. Mas o próprio jovem não se sente capacitado para ingressar em um mercado de trabalho mais competitivo. Jorge Luiz de Paiva Filho tem 24 anos e faz faculdade de Cinema. Apesar de não figurar na lista de desempregados, Jorge trabalha de garçom em um restaurante, profissão sem a menor relação com a sétima arte.
– Falta experiência e oportunidade para os jovens. Não adianta ser bom, tem que ser o melhor – afirma Jorge. – Quero ser diretor, mas dentro da área de cinema, quase tudo serve.
Falta informação
Para Gustavo Machado, estudante de Jornalismo, não é só a falta de experiência e de oportunidade que aumentam no desemprego da juventude. A pouca informação é ainda outro problema que atinge o jovem brasileiro.
– Muitos jovens não têm informação – diz Gustavo, que não se preocupa com as estatísticas do Ipea, já que é estagiário na área de jornalismo. – Nunca pensei muito no desemprego. Quando se está no mercado, a tendência é continuar.
Entretanto, Gustavo pode se surpreender. Uma das razões para a juventude estar sem emprego é o custo das empresas com o corte de pessoal. De acordo com técnicos do Ipea, gasta-se menos para demitir um jovem do que um adulto
Luiz Paulo Vianna, estudante de propaganda e marketing, tem 20 anos e está terminando a faculdade, mas continua desempregado. Porém, diferente de Gustavo, Luiz acha que o jovem é bem informado.
– Hoje, com a internet temos vários meios de pesquisa, o jovem não é mal-informado. Acho que falta oportunidade e até experiência. O ensino público é ruim, com certeza isso influência no desemprego.
Ele pode ter razão. De acordo com o estudo só 12,7% dos jovens de 18 a 24 anos cursam o ensino superior, o que chama a atenção para mais de 85% da juventude estarem excluídos do ensino superior.
Brasil é líder no desemprego
Ipea mostra que quase metade dos jovens não tem trabalho
Quase metade (46,6%) da população brasileira entre 15 e 24 anos, hoje estimada em cerca de 40 milhões de indivíduos, está sem emprego. Deste contingente, 9,7 milhões vivem em famílias com renda per capita de até meio salário mínimo (R$ 207,50), 12,5 milhões não tinham concluído o ensino fundamental e 1,4 milhão é constituído por analfabetos. Estes são alguns dos resultados da pesquisa juventude e políticas sociais, elaborada pelos economistas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) Jorge Abrahão de Castro e Luseni Aquino.
Diretor de Estudos Sociais do Ipea, Jorge Abrahão adverte que os resultados evidenciados pelo estudo representam quadro alarmante quanto à concretização do respeito aos direitos humanos de parcela expressiva da juventude brasileira.
O mais grave é que o desemprego entre jovens da faixa etária pesquisada é 3,5 vezes maior do que entre adultos com mais de 24 anos, e esta proporção vem aumentando continuamente. Em 1990, era de 2,8 e, em 1995, 2,9 maior.
Destaque negativo
Pelos dados da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio (PNAD) de 2005, a proporção de jovens brasileiros desempregados – 46,6% – é a maior no grupo de 10 países pesquisados para efeito de comparação: México (40,4%), Argentina (39,6%), Inglaterra (38,6%), Suécia (33,3%), Estados Unidos (33,2%), Itália (25,9%), Espanha (25,6%), França 22,1% e Alemanha (16,3%). Para os dois economistas do Ipea, o desemprego entre os jovens é maior porque eles são demitidos com ônus menor e considerados menos importantes na produção devido à sua menor experiência.
Opinando sobre o estudo, Luiz Bello, do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística, agrega outro dado à questão: por terem, em regra, menores compromissos familiares, os jovens recém-formados, por exemplo, podem se permitir não ingressar no primeiro emprego que apareça, dando estrita preferência a sua especialidade. Já nas faixas de maior idade não é incomum o indivíduo aproveitar qualquer oportunidade de trabalho, em vista de compromissos familiares acumulados.
No que se refere à educação de nível superior, e tomando como universo de comparação os países da América Latina e do Caribe, o Brasil está em último lugar. O número de brasileiros com idade entre 20 e 24 anos que freqüenta a universidade é de apenas 213 por grupo de 10 mil habitantes. Menos que a Colômbia (232), México (225), Argentina (531), Bolívia (347) e Venezuela (389)
Condições sociais perpetuamas desigualdades no Brasil
A alta taxa de desemprego juvenil, segundo Jorge Abrahão e Luseni Aquino, mesmo na faixa abaixo de 17 anos, indica que grande parte das famílias não têm meios de manter os jovens fora do mercado de trabalho até que completem o ensino médio.
"A magnitude crescente do fenômeno faz suspeitar que haja dificuldades cada vez mais pronunciadas para jovens realizarem a transição da escola para o mundo do trabalho", destaca o estudo dos economistas do Ipea.
Fenômeno global
O trabalho ressalva ainda que o fato de os jovens representarem parcela cada vez maior no contingente de desempregados não é típico apenas do Brasil ou da América Latina. O cotejo de dados deixou claro que a taxa de desemprego juvenil registrada no Brasil – a partir de estimativas formuladas com base na PNAD e na Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE – hoje é de 19%, menor do que as da Itália (24%), França (23%), Suécia (22%), Aergentina (24%), e Espanha (20%). Com taxas menores do que as brasileiras aparecem México (7%), Estados Unidos (11%), Inglaterra (12%) e Alemanha (15%)
Os dois coordenadores do trabalho citam indicadores de acesso dos jovens aos direitos sociais, culturais e econômicos, contidos no Informe sobre a juventude Mundial de 2005 da Organização das Nações Unidas, mostrando um quadro desolador da não-concretização de direitos humanos para grande parte da juventude do mundo.
De acordo com o documento, de um total de 1,2 bilhão de jovens nos dois hemisférios, 200 milhões sobreviviam com menos de US$ 1 por dia, 88 milhões não tinham empregos e 10 milhões portavam o vírus da Aids.
Herança
Outro ponto em destaque no trabalho apresentado pelo Ipea é que os jovens, em geral encontram disponíveis apenas ocupações precárias, normalmente de curta duração. "Isto não seria um problema em si, caso as famílias desses jovens pudessem custear a busca por empregos melhores ou a extensão de seus conhecimentos ou, ainda, se os jovens pudessem acumular experiência em empregos de curta duração."
"No entanto", mostra ainda o estudo, "o que acontece para a maioria dos jovens oriundos de famílias assalariadas e de baixa renda é que eles ficam circulando entre ocupações de curta duração e de baixa remuneração, muitas vezes no mercado informal de trabalho. Além de não favorecer a conclusão da educação básica, esta experiência é avaliada negativamente pelos empregadores. Este processo reproduz, na existência desses jovens, desigualdades sociais herdadas da geração anterior".
JC Online
Desemprego brasileiro é maior entre os jovens
Segundo a pesquisa juventude e Políticas Sociais no Brasil, apresentada ontem pelo Ipea, quase metade (46,6%) dos desempregados do País estão localizados na faixa etária entre 15 e 24 anos
RECIFE e SÃO PAULO – Quase metade dos desempregados brasileiros (46,6%) tem entre 15 e 24 anos. O desemprego nessa faixa etária é 3,5 vezes maior do que entre adultos com mais de 24 anos. A informação faz parte do estudo apresentado ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que aponta ainda que a situação da juventude brasileira tem piorado nos últimos anos: em 1995, o índice de desemprego era 2,9 vezes menor entre jovens de 15 a 24 anos em relação a adultos maiores de 24 anos. Em 1990, o mesmo índice era de 2,8.
De acordo com os técnicos do Ipea, o desemprego é maior entre os jovens porque, nas ondas de demissão, eles acabam demitidos a um custo mais baixo para as empresas. Os jovens também são considerados "menos essenciais" ao funcionamento das firmas já que têm menos experiência.
Sandra Maria Torres, de 25 anos recém-completados, está desempregada desde fevereiro, quando seu contrato temporário com uma loja de departamentos foi encerrado. Mas antes disso teve empregos fixos como vendedora em outros estabelecimentos comerciais, sendo dispensada "por não atingir as metas".
Ela considera justamente a falta de experiência como principal obstáculo para conseguir um emprego, além das exigências de qualificação. "Estou fazendo vários cursos de capacitação. Conclui agora há pouco o curso de recepcionista da Agência do Trabalho e estou fazendo um de telemarketing na esperança de conseguir alguma coisa", comentou.
O estudo comparou a porcentagem de jovens entre o total de desempregados de outros países com os índices brasileiros. Enquanto no Brasil a taxa é de 46,6%, na Argentina é de 39,6%, no Reino Unido é de 38,6%, nos Estados Unidos, 33,2%, na Alemanha 16,3%. O país que mais se aproxima dos Brasil, entre os pesquisados, é o México, com 40,4% de jovens nessa idade entre o total de desempregados.
Na Espanha, país com o qual recentemente o Brasil teve uma crise diplomática em razão de suposta imigração ilegal, o índice é de 25,6%. A pesquisa juventude e Políticas Sociais no Brasil foi organizada pelos especialistas Jorge Abrahão de Castro e Luseni Aquino.
Valor Econômico
Desemprego atinge 46% dos jovens
O desemprego entre os jovens brasileiros de 15 a 24 anos é 3,5 vezes maior que entre os adultos com mais de 24 anos. Esse índice vem aumentando nos últimos anos. Em 1995, representava 2,9 vezes o desemprego adulto, e em 1990, 2,8 vezes. O levantamento é da pesquisa "juventude e Políticas Sociais no Brasil", organizada por Jorge Abrahão de Castro e Luseni Aquino, técnicos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Em 2005, a participação dessa faixa de jovens no total de desempregados no Brasil (46,6%) foi a mais alta entre dez países pesquisados: México (40,4%), Argentina (39,6%), Reino Unido (38,6%), Suécia (33,3%), Estados Unidos (33,2%), Itália (25,9%), Espanha (25,6%), França (22,1%) e Alemanha (16,3%).
Os técnicos do Ipea constataram que o desemprego é maior entre os jovens porque são demitidos por um custo mais baixo para as empresas.
O Globo
Juventude desempregada
Um em cada dois brasileiros que estão desempregados hoje tem entre 15 e 24 anos. A conclusão é de um estudo do Ipea. Essa proporção é a mais alta entre os dez países analisados numa pesquisa que inclui Argentina e México. Jovens mulheres (especialmente com filhos) e moradores de periferia estão entre os mais prejudicados.
juventude sem trabalho
Ipea mostra que metade dos desempregados no país é jovem, pior nível entre 10 países
Praticamente metade dos desempregados brasileiros é jovem. Do total de pessoas desocupadas do país, 46,6% têm entre 15 e 24 anos, revela o estudo "juventude e Políticas Sociais no Brasil", divulgado ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), órgão subordinado ao ministro do Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Roberto Mangabeira Unger. A proporção de jovens entre os desempregados é a mais alta entre os dez países analisados na pesquisa, que inclui nações em estágios de desenvolvimento econômico semelhantes ao do Brasil, como Argentina (39,6%) e México (40,4%).
Desde 1985, a taxa de desemprego juvenil nacional não parou de crescer, passando de 6% para 19% em 2005 - quase o triplo do nível de desocupação dos jovens mexicanos (7%). Atualmente, no Brasil, o desemprego entre aqueles que estão iniciando sua vida profissional é 3,5 vezes maior que entre os adultos com mais de 25 anos. O índice vem aumentando desde 1990, quando era de 2,8.
Segundo o Ipea, um dos fatores que explicam o desemprego alto entre os jovens é o custo menor de demissão desse segmento. Além disso, eles são considerados menos essenciais pela falta de experiência profissional. O estudo destaca que os jovens que enfrentam mais dificuldade para arranjar trabalho são os de baixa escolaridade, as jovens mulheres (especialmente com filhos) e os moradores de periferia. O técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea Roberto Gonzalez diz que muitos jovens precisam abandonar os estudos para buscar emprego devido à pobreza familiar, sendo levados a atividades precárias.
- Quem está completando o ensino médio nem deveria estar buscando emprego, mas o faz por questão de sobrevivência. O jovem de baixa renda acaba circulando de um emprego informal para outro e nunca consegue abandonar esse ciclo por causa da falta de estudo - afirma.
"Mais velhos estão sendo contratados"
Em 1985, os jovens representavam quase 60% dos desempregados brasileiros. A proporção veio caindo ao longo dos anos 90, até chegar a 43,8% em 2000, e voltou a subir para 46,6% em 2005. De acordo com Gonzalez, a queda do número de jovens desocupados na década passada não significou uma melhora da sua inserção no mercado de trabalho:
- O que aconteceu foi o aumento do desemprego entre adultos, e não a diminuição do desemprego entre jovens. A situação ruim da economia na década de 90 levou à demissão dos adultos. Agora a economia está crescendo e gerando postos de trabalho, mas são os mais velhos que estão sendo contratados O desemprego está diminuindo, mas menos entre jovens.
Gonzalez afirma que, para reduzir a desocupação juvenil, é preciso promover simultaneamente a escolarização, a profissionalização e a ampliação do acesso ao mercado de trabalho, com incentivos à contratação de jovens. No estudo, os especialistas do Ipea dizem ainda que é "importante não restringir a atenção (das políticas públicas) apenas ao momento de entrada, e pensar em oportunidades de educação e requalificação continuada". A pesquisa chama a atenção para a necessidade de se criar incentivo financeiro - via bolsas - evitando que os jovens abandonem cedo a escola e cursos profissionalizantes para empregos de curta duração.
- Cursos que desenvolvem habilidades específicas não solucionam o problema. A escolarização é muito importante. A maioria dos jovens brasileiros não concluiu o ensino médio - frisa Gonzalez.
Ainda estudando, Camila Cristina de Oliveira, de 19 anos, está à procura de emprego há dois meses. Mesmo tendo feito um curso de camareira para trabalhar em hotéis, as oportunidades não surgem:
- Como não se tem experiência, não tem oportunidade. Querem mais de um ano na carteira para comprovar experiência - lamenta.
Gazeta Mercantil
Cresce desemprego entre jovens, diz IPEA
Brasília, 21 de Maio de 2008 - O Brasil tem a maior taxa de jovens desempregados do mundo, entre dez países consultados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). E a idade de quase metade dos desempregados varia de 15 a 24 anos. Nessa faixa etária, o desemprego é 3,5 vezes maior do que observado entre os adultos com mais de 24 anos no País. O índice cresce a cada ano, pois em 1995 a diferença era de 2,9 vezes e em 1990, 2,8 vezes, conforme mostra a pesquisa "juventude e políticas sociais no Brasil", realizada em 2005, 51,1 milhões de pessoas entre 15 e 29 anos.
Demonstrando preocupação, o Ipea defende uma política específica para atender a juventude brasileira, a fim de reduzir o desemprego e as desigualdades, já que é esse público que definirá o futuro econômico do País.
A taxa de jovens desempregados no Brasil é superior a de vizinhos latino-americanos, como México, de 40,4%, e Argentina, de 39,6%. A distância é maior quando se compara a países desenvolvidos, como Reino Unido, cuja taxa é de 38,6%, Suécia, como 33,3% e Estados Unidos, onde a proporção é de 33,2%). Na Itália o desemprego entre os jovens atinge 25,9%), enquanto na Espanha chega a 25,6%. Na França, o percentual é 22,1% e na Alemanha, 16,3%.
Os técnicos do Ipea constataram que o desemprego é maior entre os jovens porque são demitidos por um custo mais baixo para as empresas e também porque elas os consideram menos "essenciais" devido à menor experiência.
A preocupação com o jovem não resume apenas ao trabalho. O técnico de planejamento e pesquisa do Instituto, Roberto Gonzalez, destaca a necessidade de criar uma política específica ampla que inclua também a saúde, por exemplo.
"Precisa se criar uma política que seja capaz de incluir os jovens no mercado de trabalho sem haver o abandono à educação", disse. "E é preciso se preocupar também com à gravidez e a Aids, por exemplo", acrescenta Gonzalez.
A pesquisa mostra que os jovens de hoje usam mais camisinha em relação aos dos anos 1980. Porém, eles ainda se arriscam a não usar o produto. Em 1986, apenas 9% declaram usar camisinha na primeira relação, taxa que subiu para 49% em 1998. Em 2004, a proporção subiu para 53%. Os rapazes se cuidam mais do que as moças, sendo que 64% deles disseram sempre usar camisinha com parceiros eventuais. Por outro lado, apenas 45% declararam o uso do produto.
Uma outra questão é a violência, responsável pelos altos índices de mortalidade entre os adolescentes e jovens brasileiros de 15 a 29 anos, período etário considerado de alto risco quando certamente poderia ser um dos mais saudáveis do ciclo vital.
Nessa faixa etária, a pesquisa mostra que o número de homens que morrem supera o das mulheres. A alta taxa de mortalidade entre os jovens do sexo masculino, que entre 2003 e 2005 chegou a ser quase cinco vezes maior que entre as mulheres da mesma idade, se deve principalmente a uma grande exposição à violência. Entre 2003 e 2005, morreram cerca de 60 mil jovens do sexo masculino, a maior parte das mortes – 78% – foi causada por fatores externos, majoritariamente associadas a homicídios e acidentes de trânsito. Entre as mulheres, os óbitos causados por esses fatores representam 35% do total.
Folha de S.Paulo
2,4% de vagas em universidades são de cotas
Entre 2001 e 2008, foram oferecidas 7.850 vagas por ano destinadas para negros em universidades públicas, diz Ipea
Cálculo não significa que todas as vagas haviam sido preenchidas; por ano, total de vagas nas instituições públicas foi de 331 mil
Desde que a primeira universidade pública, em 2001, adotou em seu vestibular o sistema de cotas para beneficiar estudantes negros, 51.875 vagas foram reservadas para essa população, segundo estimativa feita pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) na pesquisa "juventude e Políticas Sociais no Brasil".
Neste cálculo, não estão incluídos outros estudantes beneficiados por cotas -muitas instituições também reservam vagas para alunos da rede pública e outros grupos- e não significa que todas as vagas oferecidas foram preenchidas.
Em média, foram oferecidas 7.850 vagas por ano no período de 2001 a 2008. Essas vagas representam apenas 2,4% da média de 331 mil vagas ofertadas por ano pelas instituições públicas superiores. Foram identificados no trabalho 48 instituições que adotam alguma modalidade de ação afirmativa. A estratégia mais comum é a de cotas -há 43 universidades com reserva de vagas para algum grupo.
Além de cotas, há também instituições que adotam o sistema de bonificação no vestibular, em que não é definido um percentual de vagas reservadas. Nele, estudantes recebem pontuação adicional nos exames por serem negros, alunos de escolas públicas ou outro grupo privilegiado pelo sistema.
O trabalho do Ipea faz também um rápido balanço de quatro estratégias diferentes adotadas no Brasil: a da UnB, da Universidade Federal do Paraná, da Federal da Bahia e da Unicamp. No caso da UnB, por exemplo, é destacado o fato de o percentual de negros ter aumentado de 2% para 13% de 2004 a 2006 e de seu desempenho acadêmico ser muito próximo ao dos demais alunos.
Correio Braziliense
Falta de estudo é obstáculo
De acordo com levantamento do Ipea, menos da metade dos jovens entre 15 e 17 anos está no ensino médio, onde deveria. Baixa escolaridade prejudica conquista de espaço no mercado de trabalho
Mariano, de 17 anos, que já perdeu as contas de quantas vezes repetiu de ano, reclama da escola
A dificuldade dos jovens brasileiros de conseguir emprego é reflexo da baixa escolaridade. Aos 17 anos, Mariano do Nascimento Santos está na escola, mas bem longe do ensino médio, nível que deveria freqüentar, pela idade. O rapaz cursa a 5ª série do ensino fundamental numa escola pública do Lago Norte. Este ano, entrou para a classe de aceleração e faz as aulas à noite. Mariano confessa que nem se lembra mais de quantas vezes repetiu o ano. "Eu bagunçava muito. Não gosto de escola mesmo. Os professores não sabem ensinar e a estrutura é péssima", reclama. Mariano vive com a família numa casa simples do Varjão. Trabalha sem carteira assinada, colocando faixas pela cidade. Pelo serviço, que consome cinco horas e meia do seu dia, ganha um salário mínimo. Ele não pensa em ingressar na universidade. "Quero, no máximo, terminar o ensino médio", diz.
Assim como Mariano, 82% dos jovens entre 15 a 17 anos freqüentam a escola, mas menos da metade cursa o ensino médio. O dado é da pesquisa juventude e políticas sociais no Brasil. Divulgado ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), o estudo mostra também que 34% dessa faixa etária não concluiu o ensino fundamental e, pior, 18% estão fora da escola. "Gera um problema lá na frente quando eles forem adultos", observa a pesquisadora Luseni Aquino, que coordenou o estudo.
Algumas indicações de como solucionar o problema podem sair do estudo, informa ela. "A pesquisa mostra onde estão sendo feitas coisas interessantes", diz. Luseni ressalta o programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte. "Tem como estratégia prevenir que o jovem fique sem atividade e exposto à violência e acaba influenciando no interesse pelos estudos. Proporcionar atendimento dentro do espaço educacional aproxima eles (os jovens) da escola."
O analfabetismo é um fantasma que insiste em rondar a educação. De acordo com o levantamento do Ipea, 4,7% dos jovens do país entre 25 e 29 anos são analfabetos, no Nordeste, a proporção sobe para 11,6%. Nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, no entanto, a falta de letramento entre os jovens de 15 a 24 anos tornou-se um problema residual, com taxas em torno de 1%. "Os dados vão servir para o governo refletir sobre como trata e deixa de tratar a juventude e para que a sociedade tenha um retrato do que dispõe e do que precisa reivindicar para melhoria da educação", avalia Luseni.
A trajetória irregular na educação e a evasão escolar se acentuam com a necessidade de trabalho e a falta de informação sobre métodos contraceptivos. Entre os homens, a principal motivação para a interrupção dos estudos é a oportunidade de emprego (42,2%). Entre as mulheres, a maior causa é a gravidez (21,1%). O levantamento do Ipea tem como base estudos como a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Pnad/IBGE), e o Censo Escolar, do Ministério da Educação.
Maioria usa preservativo
A camisinha deixou de ser um mistério para os jovens na faixa dos 15 a 24 anos, mas pouco mais da metade (53%) faz uso do preservativo. De acordo com a pesquisa juventude e políticas sociais no Brasil, entre os que pertencem a essa faixa etária e lembram de se cuidar na hora da relação sexual, 64% são homens e 45% mulheres. Os jovens dizem que recorrem à peça, inclusive, em relações eventuais. "O índice é baixo porque a linguagem que se usa nas campanhas insiste no como se pega ou não DST e Aid. É preciso tocar em questões sociais como machismo e homofobia", observa Sérgio Nascimento, do Grupo Atitude.
A ONG visita escolas de Ceilândia para falar com estudantes do ensino fundamental e médio sobre violência e sexualidade. "De forma descontraída, a gente se aproxima dos estudantes, ganha a confiança deles e ensina como evitar o preconceito na hora da transa", afirma. Segundo Sérgio, os professores não têm segurança na abordagem do tema. O diretor adjunto do programa de DST e Aids do Ministério da Saúde, Eduardo Barbosa, admite a dificuldade de conquistar o público jovem, mas ressalta que o ministério já vem investindo em "grupos focais" para chamar a atenção do segmento. "Em junho serão lançadas ações em forma de quadrinhos e na internet, em parceria com provedores (de conteúdo) para que a comunicação se aproxime do jovem", destaca.(H
A Tarde
Desempregados: 46% são jovens
Do total de pessoas desocupadas do País, 46,6% têm entre 15 e 24 anos, revela o estudo "juventude e Políticas Sociais no Brasil", divulgado ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), órgão subordinado ao ministro do Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência, Roberto Mangabeira Unger. A proporção de jovens entre os desempregados é a mais alta entre os dez países analisados na pesquisa, que inclui países em estágios de desenvolvimento econômico semelhantes ao do Brasil, como Argentina (39,6%) e México (40,4%).
Desde 1985, a taxa de desemprego juvenil nacional não parou de crescer, passando de 6% para 19% em 2005 – quase o triplo do nível de desocupação dos jovens mexicanos (7%). Hoje, no Brasil, o desemprego entre aqueles que estão iniciando sua vida profissional é 3,5 vezes maior que entre os adultos com mais de 25 anos.
O índice vem aumentando desde 1990, quando a diferença entre a taxa de desemprego juvenil e a adulta era de 2,8.
O estudo destaca que os jovens que enfrentam mais dificuldade para arranjar trabalho são os de baixa escolaridade, as jovens mulheres (especialmente com filhos) e os moradores de periferia. O técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea, Roberto Gonzalez, destaca que muitos jovens precisam abandonar os estudos para buscar emprego devido à pobreza familiar. O problema é que essa alterantiva acaba condenando-os a atividades precár ias.
"Quem que está completando o ensino médio nem deveriam estar buscando emprego, mas procura por questão de sobrevivência.
O jovem de baixa renda acaba circulando de um emprego informal para outro e nunca consegue abandonar esse ciclo por causa da falta de escolarização", afirma Gonzalez.
Em 1985, os jovens representavam quase 60% dos desempregados brasileiros. A proporção veio caindo ao longo dos anos 90, até chegar a 43,8% em 2000, e voltou a subir para 46,6% em 2005.
Segundo Gonzalez, a diminuição do número de jovens desocupados na década passada não significou uma melhora da sua inserção no mercado de trabalho: "O que aconteceu foi o aumento do desemprego entre os adultos, e não a diminuição do desemprego entre os jovens. A situação ruim da economia na década de 90 levou à demissão dos adultos empregados. Agora a economia está crescendo e gerando postos de trabalho, mas são os mais velhos que estão sendo contratados", explicou.
Gonzalez afirma que, para reduzir a desocupação juvenil, é preciso promover simultaneamente a escolarização, a profissionalização e a ampliação do acesso ao mercado de trabalho, com políticas de incentivo a contratação de jovens. No estudo, os especialistas do Ipea destacam ainda que é "importante não restringir a atenção (das políticas públicas) apenas ao momento de entrada, e pensar em oportunidades de educação e requalificação continuada".
A pesquisa também chama atenção para a necessidade de se criar incentivos financeiros atrativos – por meio de bolsas – para evitar que os jovens abandonem cedo a escola e cursos profissionalizantes diante de empregos de curta duração. "Cursos profissionalizantes que desenvolvem habilidades específicas não solucionam o problema. A escolarização é muito importante. A maioria dos jovens brasileiros não concluiu o Ensino Médio", frisa Gonzalez.
Ainda estudando, Camila Cristina de Oliveira, de 19 anos, está à procura de emprego há dois meses. Mesmo tendo feito um curso de camareira para trabalhar em hotéis, as oportunidades não surgem. "Como não se tem experiência, não tem oportunidade. Querem mais de um ano na carteira para comprovar experiência", lamenta.
Zero Hora
Jovens são quase a metade dos desempregados
Levantamento destaca a defasagem escolar de estudantes no país
Cerca de metade dos desempregados brasileiros tem entre 15 e 24 anos. Além disso, a desocupação nessa faixa etária é 3,5 vezes maior do que entre adultos com mais de 24 anos.
Custo menor na demissão, alta rotatividade (típica dessa fase da vida) e busca de complementação de renda da família (abandonando o estudo) estão entre as razões listadas pelo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apresentado ontem sobre a falta de trabalho para o jovem. "Há motivos para considerar o desemprego juvenil um problema social", afirmam os especialistas Jorge Abrahão de Castro e Luseni Aquino na pesquisa "juventude e Políticas Sociais no Brasil".
Como resultado, acabam em ocupações precárias, em geral de curta duração. Para os autores, isso não seria um problema em si, caso as famílias desses jovens pudessem custear a busca por empregos melhores ou a extensão dos estudos, possibilitando sua ascensão profissional. "Infelizmente, a tendência é que o mercado de trabalho reproduza as hierarquias sociais preexistentes, confinando jovens de classe baixa em ocupações desvalorizadas e mal remuneradas", relatam.
Embora tenha constatado que o desemprego elevado nas faixas etárias entre 15 a 24 anos é um fenômeno global, o estudo ressaltou que o Brasil registra a maior proporção de desempregados jovens na população economicamente ativa, numa comparação com outros nove países (confira quadro ao lado). No Brasil, a taxa é de 46,6%, e na Alemanha, de 16,3%.
A pesquisa também destacou a distorção idade-série como um dos maiores problemas na área educacional. Quase 34% dos jovens de 15 a 17 anos ainda estão no Ensino Fundamental, quando pela idade deveriam estar cursando as séries do Ensino Médio. Na faixa de 18 a 24 anos, apenas 12% dos jovens estão no nível adequado, ou seja, o Ensino Superior, e 30% já largaram os estudos.
Ontem, o Ministério do Trabalho divulgou que nos primeiros quatro meses do ano, foram criados 71.161 empregos com carteira assinada no Rio Grande do Sul.
- Porto Alegre, Caxias do Sul, Santa Cruz do Sul e Erechim estão entre os cem municípios que mais geraram empregos, no país, em abril - disse Heron de Oliveira, superintendente regional do Trabalho no Estado.
Kzuka: Por que é difícil para o jovem arrumar emprego?
"Muitas empresas não desenvolvem corretamente ou não ouviram falar de programas de endomarketing. Elas devem puxar a gurizada de forma estimulante."
George Augusto Garcia, 23 anos, administrador de empresas
"O mercado de trabalho é muito concorrido. E o pessoal procura estagiário que já tenha experiência profissional, apesar de ser até meio irônico."
Jaqueline Brião Cardoso, 18 anos, auxiliar de escritório
"Muitas vezes, as empresas apostam em pessoas com conhecimento um pouco maior, mas sem a mesma gana e o interesse em trabalhar como aqueles que estão no meio da faculdade ou acabaram de se formar."
Rafael Santos, 24 anos, estudante de relações públicas e freelancer
"As empresas cada vez mais exigem experiências, competências, fluência de várias línguas. Fica difícil uma pessoa mais nova ter toda a bagagem, pois, para uma preparação maior, precisa de tempo e estudo."
Aline Librelotto, 19 anos, estudante de psicologia
"Nenhuma empresa que precisa de mão-de-obra qualificada escolhe jovem inexperiente, nem que seja para um cargo de pouca responsabilidade, pois eles não têm confiança no seu preparo. E o mercado é disputado."
Guto Mendes, 18 anos, estudante de publicidade e propaganda
Estado de S.Paulo
Governo retira MP que previa verba para reajuste
Pressionado pela oposição no Senado e pela decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que na semana passada mandou um recado sobre o poder da União de liberar verbas por medida provisória, o governo anunciou a retirada da MP 430 da pauta. Ela previa a liberação de crédito extraordinário de R$ 7,5 bilhões para a concessão de aumento para cerca de 800 mil servidores.
A retirada da MP 430 da pauta foi acertada pelo líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), com os líderes da oposição na Câmara e no Senado e com o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP).
Diante da insistência da oposição no Senado em manter a pauta em obstrução - oito medidas provisórias estavam trancando a pauta -, Jucá articulou o acordo com o aval do ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro.
Além da retirada da MP 430, ficou acertado o envio da proposta de crédito extraordinário por meio de projeto de lei - a ser enviado ao Congresso em caráter de urgência e com a promessa de ser apreciado na Câmara e no Senado até o dia 30 deste mês.
Projovem
Ainda foi acertada a aprovação, em caráter simbólico no Senado, de duas MPs. Uma que ampliou o programa Projovem (unificando outros seis programas) e outra que liberou a venda de bebidas alcoólicas nas estradas federais.
Na terça-feira, os senadores prometem aprovar outras seis medidas provisórias que continuam obstruindo a pauta da Casa. O mesmo compromisso de retomada de votações na Câmara foi assegurado por Chinaglia, segundo informou.
sexta-feira, 16 de maio de 2008
Por Maria Camila Florêncio da Silva
De 13 a 15 de março em Maracanaú (CE), rolou o I Encontro Nacional das Jovens Feministas. Participaram dele 100 mulheres jovens de todo Brasil, negras, lésbicas, indígenas, quilombolas, rurais e da periferia. Vários grupos foram representados em meio à diversidade presente, que partiram de algo que todas têm em comum - ser mulher jovem e feminista - para suas demandas e necessidades específicas. Rolaram altas discussões, e é evidente que a Viração tinha que estar presente neste encontro!
Na ocasião, as garotas resgataram a importância desse evento e seu propósito, que é consolidar a criação da Articulação Brasileira de Jovens Feministas. A realização desse evento e mais a Conferência Livre, que ocorreu no domingo, dia 16 de março, em Fortaleza (CE), são frutos dessa articulação entre jovens mulheres que vinham se mobilizando desde 2004, no 10° Encontro Latino Americano e do Caribe, quando já pautavam as demandas das mulheres jovens.
Desde então, nos anos sucessivos ao encontro, houve uma mobilização nacional com atividades, oficinas, discussões virtuais, etc. A principal atividade realizada até então foi o Fórum de Jovens Feministas no Fórum Social Brasileiro em 2006, que enfatizou a necessidade de participar de espaços importantes de discussão de políticas públicas para mulheres e juventude.
“Mas foi na II Conferência de Políticas para Mulheres, em agosto de 2007, que a consolidação dessa articulação ficou mais que evidente e necessária, quando as jovens levaram um pré-documento de demandas e abriram um diálogo com a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres sobre a importância de uma representação jovem feminista no Conselho Nacional das Mulheres. E a resposta que obtivemos foi que essa Articulação tinha que sair de vez para que isso tornasse possível. Saímos então com a demanda deste encontro”, disse Latoya, de São Paulo (SP), do movimento das negras jovens feministas.
“Nós, mulheres jovens, temos o desafio duplo, que é estarmos presentes nos espaços de juventude pautando a questões das mulheres e nos espaços de mulheres pautando a juventude”, diz Monaliza, do Coletivo de Jovens Feministas - CE e do Fórum
Cláudia Vasconcelos |
Cearense de Mulheres. “Por isso também a importância da consolidação da Articulação, que está fortalecendo os coletivos de jovens feministas existentes. Muitas vezes esses coletivos encontram dificuldades por não terem uma grande infra-estrutura, ou mesmo uma sede própria, sem contar os diversos desafios que eles enfrentam para se manterem e realizarem ações. Diante dessa realidade não queremos deslegitimá-los e sim fortalecê-los”, acrescenta Cláudia Vasconcelos do Coletivo de Jovens Feministas - PE.
Feminismo x lesbianidade
Dentre as principais discussões levantadas o destaque é a situação das mulheres negras e mulheres lésbicas, nas quais os grupos falaram da dificuldade que as pessoas têm em assumir estas identidades.
Luanna Marley do Grupo Lamce de Fortaleza - CE, perguntou: “Por que há tanta resistência com a palavra lésbica? Por que nessa relação com o feminismo muitas vezes é negada uma das identidades que também faz parte do movimento, que é a lesbianidade?”
Sobre isso Andréa do Coturno, de Vênus de Brasília (DF), complementa: “Acho que o receio do movimento feminista em reconhecer a lesbianidade como uma das identidades que o compõe, é o medo de reforçar o estereótipo de que toda feminista é lésbica.”
Com discussões diversas e específicas, saíram reflexões tidas como prioritárias pela articulação. Entre elas, uma ganhou destaque e foi consenso como a mais importante no momento - a descriminalização e legalização do aborto. Também foi defendido como desafio a popularização do feminismo, uma vez que muitas mulheres atuantes nos movimentos, ou não, têm de se reconhecer como feministas. Essa dificuldade vem dos estereótipos, que fazem com que as pessoas vejam o feminismo como um bicho-de-sete-cabeças, “machismo ao contrário” ou mesmo a visão de que é um movimento atuante no passado.
“Eu militei na Pastoral da Juventude em Manaus por 11 anos, onde comecei a conhecer outros movimentos, entre eles o
Roseane Forito |
Feminista e comecei a me identificar. A princípio eu queria “acabar” com
os homens, mas porque ainda não tinha muita informação, depois conheci o
que de fato é o feminismo… Daí me apaixonei”, contou Roseane Ribeiro do Forito, da Liga Brasileira de Lésbicas, São Paulo (SP).
O encontro também recebeu a visita ilustre da Maria da Penha, ex-farmacêutica vítima de violência doméstica, que nomeia a lei 11.340. “Fico muito feliz em ver também as mulheres jovens se reunindo e sugerindo políticas públicas específicas”, comentou.
O primeiro Encontro Nacional das Jovens Feminista teve o apoio da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Secretaria Nacional de Juventude e Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, ambas do governo federal. Além da Prefeitura de Fortaleza e Fundação Friedrich Ebert Stiftung.
* Texto originalmente publicado no site da Revista Viração
I Conferência Estadual de Políticas Públicas de Juventude
01 – Família:
Principais Desafios | Soluções | Responsabilidades (Município, Estado ou União) |
Informação | 1. Realizar palestras, fóruns, seminários e debates com as famílias – gravidez, violência familiar, drogas, alcoolismo, arranjos familiar, além de sensibilizar ao jovem para prática do diálogo familiar | Município |
Estrutura | 2. Compreender os novos modelos de família e asseguras o respeito às diversas uniões | Município |
Planejamento familiar | 3. Campanhas das secretarias de saúde e assistência social para conscientização da importância do planejamento familiar | Município, Estado e União |
Atendimento | 4. Oferecer suportes sociais à família, constituindo uma rede de orientação e respaldo legal em situações adversas no núcleo familiar. | Município e Estado |
Educação | 5. Propor disciplina de educação social envolvendo a família nas escolas | Município |
Oportunidade profissional | 6. Projetos de geração de emprego e renda aos jovens | Município, Estado e União |
Transferência de responsabilidades | 7. Criar parcerias com o Poder Judiciário para que as famílias sejam chamadas a assumir suas responsabilidades. | Município. |
Lazer e Cultura | 8. Conhecimento Cultural Regional | Município |
Alcoolismo | 10. Programas de tratamento continuado aos jovens dependentes e apoio aos seus familiares | Município, Estado e União |
02- Sexualidade:
Principais Desafios | Soluções | Responsabilidades (Município, Estado ou União) |
Informação | 1. Realizar palestras, fóruns, seminário, oficinas, debates, mesa redonda para tratar da temática sexualidade. | Município |
Meios de Comunicação | 2. Campanha sócio-educativa através dos órgãos públicos e sociedade civil – gravidez na adolescência, dst, aids, hepatite, discriminação, diálogo familiar, preconceito. | Município, Estado e União |
Escola e Educação | 3. Incluir educação/ orientação sexual na grade curricular | Município e Estado |
Atendimento/ Serviço Público | 4. Atendimento especializado, na rede pública, ao jovem com profissionais específicos, psicólogos, ginecologistas, assistentes sociais, entre outros | Município e Estado |
Homossexualismo | 5. Respeito as diferentes opções sexuais | Município, Estado e União |
Aborto | 6. Procedimentos de aborto em hospitais públicos | União |
Gravidez na adolescência | 7. Informação – Planejamento familiar, métodos contraceptivos, preservativos. | Município |
Preservativos | 8. Ensinar a utilizar os preservativos femininos e masculinos, além de criar pontos de distribuição | Município |
Projetos | 9. Projetos itinerantes de educação sexual em espaços públicos: praças, quadras esportivas etc | Município e Estado |
10 Prostituição juvenil | 10. Fortalecer as ações do SENTILELA, criando o serviço nos município que não dispõem. | Município, Estado e União |
03- Direitos, Diversidade e Violência:
Principais Desafios | Soluções | Responsabilidades (Município, Estado ou União). |
Garantir a plena efetivação dos direitos sociais e fundamentais de forma anti-discriminatória, respeitando as especialidades e a diversidade das Juventudes. | 1. Promover formação destinada as profissionais na área da saúde sobre a diversidade da juventude e as medidas especiais para garantir o direito à saúde para esse segmento. | Município, Estado e União |
2. Desenvolver campanhas contra a redução da maioridade penal e qualquer redução de direitos da juventude, pautados em valores conservadores e imediatistas. | Município, Estado e União | |
3. Capacitar profissionais de ensino para a aplicação das diretrizes curriculares nacionais no que se refere às questões de promoção de igualdade de gênero e de raça | Município, Estado e União | |
Garantir o direito e respeito às diversidades de gênero, raça/ etnia, orientação sexual, manifestação cultural, religião e outras e superar o racismo, o machismo, a homofoiba, a intolerância religiosa e quaisquer outras formas de opressão. | 4. Aplicar políticas de ações afirmativas (cotas) como forma de reparação a população negra, especialmente a juventude. | Município, Estado e União |
5. Criminalizar as ações homofóbicas e combater toda a forma de opressão e discriminação aos jovens homossexuais. | Município, Estado e União | |
Enfrentar a violência, como foque na implementação de uma política pública de segurança fundamentada no respeito à cidadania e os direitos humanos. | 6. Desenvolver cursos de capacitação e formação permanente para os integrantes do sistema de justiça e segurança (corporações policiais, ministério público e poder judiciário) com intuito de sensibilizá-los para o respeito à diversidade e aos direitos da juventude | Município, Estado e União |
7. Criar e fortalecer os serviços especiais de prevenção e atendimento às vítimas de exploração sexual infanto-juvenil, bem como fortalecer as políticas de fiscalização e repressão. | Município, Estado e União | |
8. Proporcionar corte geracional nos atendimentos nas delegacias da mulher, casa abrigo, juizados especiais e outros espaços a jovens que sofreram violência de gênero | Município, Estado e União | |
9. Implantar locais para o atendimento ao cumprimento de medidas sócio-educativas de forma centralizada, tendo em vista aos municípios assumirem seu papel na aplicação dessas medidas, bem como possibilitar a assistência familiar. | Município, Estado e União | |
Garantir o desenvolvimento social e Econômico, tendo em vista o respeito às diversidades e a ampliação dos direitos da juventude. | 10. Garantir a implementação da lei estadual que institui as políticas públicas de juventude, bem como aprovação do estatuto da juventude como forma de estabelecer marco legal para o desenvolvimento das políticas voltadas ao segmento. | Município, Estado e União. |
04- Drogas:
Principais Desafios | Soluções | Responsabilidades (Município, Estado ou União) |
Educação e Trabalho | 1. Implantação de Programas de geração de estágio, emprego e renda para jovens acima de 16 anos e promover acesso dos jovens a programa de bolsas de estudos. | Município, Estado e União |
Proporcionar Cultura e Lazer | 2. Implantação de projetos que visem cultura, esporte e lazer | Município, Estado e União |
Atendimento aos (jovens) dependentes químicos | 3. Criar Centros de Reabilitação e Tratamento, municipais e/ ou intermunicipais, na rede pública, para dependentes químicos, com profissionais especializados. | Município, Estado e União |
4. Capacitar os profissionais da assistência social, saúde, rh e educação para o enfrentamento dessa problemática. | Município, Estado e União | |
Mídia e Comunicação | 5. Maior conscientização através de campanhas educativas, para os jovens sobre prevenção, combate e risco do uso de drogas lícitas e ilícitas | Município, Estado e União |
Informação | 6. Promover oficinas educativas, debates, encontros, seminários e palestras nas escolas, associações de moradores, entre outros, para discutir a problemática drogas | Município, Estado e União |
Segurança | 7. Capacitar e equipar os órgão de segurança pública no combate as drogas além de maior rigor das autoridades na punição, plantações clandestinas e comércio livre | Município, Estado e União |
Combate | 8. Equipar, estruturar e efetivar os conselhos anti-drogas e de juventude, bem como, fortalecer a política municipal, estadual e nacional através da intersetorialidade | Município, Estado e União |
Legalização | 9. Permitir comercialização para arrecadação de impostos que serão destinados à saúde, educação e segurança. | União |
Programas e Orçamento | 10. Prever dotação orçamentária para financiar campanhas, serviços e projetos v |
Principais Desafios | Soluções | Responsabilidades (Município, Estado ou União) |
Melhorar a qualidade do ensino | 1. Aumentar os investimentos em infra-estrutura nas escolas e universidades | Município, Estado e União |
| 2. Investir na formação e na qualificação dos professores, valorizando o profissional da educação, aumentando sua remuneração e oferecendo a ele condições dignas de trabalho para que as aulas sejam mais criativas, contextualizadas e atrativas para os estudantes das escolas e universidades | Município, Estado e União |
| 3. Favorecer a construção e o exercício da cidadania entre os jovens por meio da organização e mobilização dos estudantes (grêmios, centros acadêmicos, etc.) para a defesa e reivindicação de seus direitos | Município, Estado e União |
| 4. Construir novas escolas técnicas e campos universitários nos diversos | Município, Estado e União |
Favorecer o acesso dos jovens ao ensino superior (criando condições para a permanência dos estudantes nas faculdades) e oferecer cursos preparatórios e profissinalizantes que facilitem a inserção dos jovens no mercado de trabalh | 5. Aumentar o número de bolsas concedidas aos estudantes para que eles | Município, Estado e União |
| 6.Firmar parcerias entre o poder público e ONG`s e OSCIP`s que ofereçam cursos preparatórios e profissionalizantes que auxiliem na qualificação dos estudantes e favoreçam sua inserção no mercado de trabalho. Município, Estado e União.Oferecer uma formação educacional e profissional mais adequada para o jovem do interior/ campo (considerando suas particularidades e o contexto em que estão inseridos) e incentivar a aproximação entre a escola e a família dos estudantes. | Município, Estado e União |
| 7. Criação de cursos profissionalizantes que respondam às demandas | Município, Estado e União |
Oferecer uma formação educacional e profissional mais adequada para o jovem do interior/ campo (considerando suas particularidades e o contexto em que estão inseridos) e incentivar a aproximação entre a escola e a família dos estudantes | 8. Reformulação dos currículos a fim de adequá-los à realidade dos estudantes que vivem nos municípios interioranos, contribuindo, também, para a valorização da diversidade regional em nosso estado. | Município, Estado e União |
| 9. Desenvolver projetos que aproximem família e escola e incentivem a participação nos conselhos. | Município, Estado e União |
06- Cultura:
Principais Desafios | Soluções | Responsabilidades (Município, Estado ou União) |
Criar espaços para a manifestação. Promoção e difusão cultural. | 1. Criação de novos espaços na cidade, ampliação dos espaços existentes, para as manifestações da cultura popular; | |
Atividades Festivas | 2. Eventos culturais que reforcem a história e a memória do Município, promover a vinda de peças teatrais, apresentação de danças, entre outros espetáculos. | Município |
Criação de Centros Culturais | 3. Criação de centros para o desenvolvimento de atividades culturais regionais e locais, Disponibilizar um espaço municipal onde teriam oficinas diversas e/ou cursos profissionalizantes na área cultural, Disponibilizar centros para pequenas apresentações; | Município; |
Valorização da cultura pelas Escolas e pelo Município. | 4. Criação de oficinas, palestras informativa nas escolas, educação cultural, promover festivais (inserir a temática cultura no currículo escolar) | Município |
Comunicação | 5. Promover um festival cultural em nosso município com boa divulgação. | Município |
Ações Comunitárias | 6. Interação entra as várias Comunidades com o objetivo de recuperar raízes. | Município |
Centros Poliespoetivos | 7. Liberação de recursos do Governo Federal para construção de centro poliesportivo por meio de convênio com o município. | Município e União |
Secretarias de Cultura | 8. Resgate das culturas locais (Arte, idioma, danças, etc ), criação de grupos folclóricos, incentivo aos artistas do município | Município, Estado e União |
Secretaria de Educação | 9. Preservação de bibliotecas, Disponibilização de recursos financeiros para criação de centro de capacitação e aprimoramento | Município, Estado e União |
Lei da Cultura | 10. Criação de incentivos fiscais para empresas que apóiam atividades culturais, Incentivar as empresas parcerias a estarem patrocinando a cultura em nossa cidade | |
07- Mídia, Comunicação e a Imagem dos Jovens:
Principais Desafios | Soluções | Responsabilidades (Município, Estado ou União) |
Inclusão digital | 1. Reduzir preços de computadores e congêneres, criar linhas de crédito para a aquisição de computadores e facilitar a inclusão digital, garantindo a criação e a execução de políticas que garantam o amplo acesso aos meios de comunicação em todas as suas formas. | Município, Estado e União. |
Leitura a crítica da mídia e dificuldade em se trabalhar na mídia a imagem positiva da juventude com campanhas publicitárias que atinjam o público jovem de forma positiva e de valorização aniquilando qualquer forma de preconceito e discriminação. | 2. Oferecer cursos populares de capacitação de rádio comunitária, cinema e TV à juventude para atuação na produção de programas de comunicação pública e estímulo à criação de espaços alternativos da mídia local. | Iniciativa privada e poder público nas três esferas. |
Articulação entre as redes de atenção/atendimento à juventude. | 3. Fortalecer os meios de comunicação entre as escolas e oportunizar a realização de mais encontros, palestras e conferências adequadas a linguagens regionais e próximas a juventude para discussão de questões pertinentes à realidade dos jovens. | Município, Estado, União e sociedade civil. |
Poucos recursos para qualificar a imagem da juventude na mídia e nas programações culturais e artísticas. | 4. Aprovação e execução de projetos que atendam as demandas da juventude e maior disponibilidade de recursos para estes projetos objetivando também a valorização da cultura regional. | Município, Estado e União. |
Produção de conhecimento sobre a juventude. | 5. Programa de estudo sobre juventude brasileira e estímulo a oportunidade de participação destes na idealização de programas e projetos de atenção a juventude. | Município, Estado, União, iniciativa privada e sociedade civil. |
Reconhecimento da importância dos espaços de participação da juventude. | 6. Resgatar a importância dos movimentos estudantis, grêmios escolares como espaços de debates aos seus direitos e oferecer incentivo financeiro através de projetos aos movimentos estudantis e juvenis. | Município, Estado, União e sociedade civil. |
Associação da juventude à questões pertinentes a situação de risco e obstáculos ao acesso e repasse de informações sobre profissionalização à juventude | 7. Divulgar a participação dos jovens em projetos sociais e em movimentos de classe, através da mídia impressa e televisiva. | Município, Estado, União, iniciativa privada e sociedade civil. |
Exclusão da juventude da vida pública. | 8. Construção de mesas redondas com jovens de diversas classes sociais em escolas e faculdades, incentivando a atuação dos Movimentos Juvenis. | Município, Estado e União. |
Predominância do sistema comercial de comunicação | 9. Não renovação das concessões de emissoras privadas, regularização das concessões (rádios e TVs comunitários), regulamentação dos profissionais de comunicação, da classificação indicativa das programações, da publicidade infantil e realização de Conferências municipal, estadual e Nacional de Comunicação. | Município, Estado e União. |
Construir uma imagem positiva dos jovens principalmente àqueles em situação de risco. | 10. Criar espaços onde o jovem possa expressar sua visão de mundo, seus sentimentos, trocar experiências, para que possa construir sua imagem junto a sociedade. | Município, Estado e União. |
8- Cidades e Territórios:
Principais Desafios | Soluções | Responsabilidades (Município, Estado ou União) |
Criar e otimizar espaços de lazer e cultura para acesso dos jovens | 1. Construção, reforma e manutenção de praças, quadra poliesportivas, etc. | Município |
Ampliar oportunidades de incentivo ao primeiro emprego | 2. Promover festivais culturais e eventos esportivos, que resgatem a cultura local e que promovam a integração dos jovens com a comunidade. | Município |
Segurança Pública e Violência | 3. Criação de cursos profissionalizantes diversificados para os jovens | Municipal e Estadual |
Infra-estrutura | 4. Busca de parcerias que possam facilitar o acesso ao primeiro emprego. | Municipal e Estadual |
Mobilidade Urbana | 5. Qualificação dos policiais | Estadual |
6. Acesso democrático aos espaços públicos | 3 esferas | |
7. Melhoria do Sistema de Sanamento Básico | 3 esferas | |
8. Calçamento e Manutenção de Vias públicas | Municipal | |
9. Transporte público de qualidade | Municipal e Estadual | |
10. Modernização das via e implantação de ciclovias. | Municipal e Estadual |
9- Meio Ambiente:
Principais Desafios | Soluções | Responsabilidades (Município, Estado ou União) |
Conscientização | 1. Campanhas sócio-educativas – aquecimento global, saneamento básico, reciclagem do lixo, coletas seletivas, conservação dos rios e nascentes, desperdício da água. | Município, Estado e União |
Jovem & Meio Ambiente | 2. Criação de uma coordenação de juventude, junta a secretaria ou ao órgão municipal/ estadual de meio ambiente, com o objetivo de Criar espaços de debates, fóruns, palestras dentre outros relacionados ao tema além de elaborar e fiscalizar ações referentes ao tema. | Município, Estado e União |
Educação Ambiental | 3. Implantar a disciplina de educação ambiental na grade curricular das escolas de ensino fundamental e médio das redes municipais, estaduais e particulares. | Município, Estado e União |
4. Trabalhar a utilização de produtos orgânicos, recursos sustentáveis, materiais e equipamentos ecologicamente corretos. | Município, Estado e União | |
Fiscalização | 5. Fiscalizar as industrias quanto à emissão de gases poluentes, resíduos jogados em nascentes e nas áreas de preservação. | Município, Estado e União |
Lixo | 6. Implantação da coleta seletiva em todo estado, além de cadastrar e valorizar os catadores e recicladores. Incentivar a criação de associação e/ ou cooperativas. | Município e Estado |
Esgoto | 7. Criação e aumento, das redes já existentes, de captação de esgoto e estações de tratamento do mesmo. | Estado e União |
Preservação e Recuperação | 8. Formação de matas ciliares para proteção e conservação das nascentes. | Município, Estado e União |
9. Ampliação da área verde dos municípios, através de reflorestamento com plantas nativas e distribuição de mudas. | Município e Estado | |
Agrotóxico | 10. Combate ao uso inadequado, incentivando o manejo integrado. | Município, Estado e União |
10- Política e Participação:
Principais Desafios | Soluções | Responsabilidades (Município, Estado ou União) |
Incentivo às políticas Públicas de Juventude | 1. Garantir no orçamento recursos financeiros para o desenvolvimento de políticas públicas de juventude; | Município, Estado, União. |
Pouco de interesse da juventude por política | 2. implantar a disciplina de política cidadã nos currículos escolares para propiciar a orientação e formação sobre participação, cidadania e política; | Município, Estado, União. |
Participação juvenil nas decisões políticas | 3. Criação de Centros de Referências de Juventude; | Município, Estado, União. |
4. Criação de Fórum permanente de debates de Políticas Públicas de Juventude e temas correlatos; | Município, Estado e União. | |
5. Estimulo à criação de Espaços Públicos Municipais de juventude, de acordo com a realidade do município, e à criação do Conselho Estadual de Juventude; | Município, Estados e União. | |
6. Criar os Planos Municipais de Políticas Públicas de Juventude como garantia de uma política planejada; | Município e Estado. | |
7. Promover capacitações para os jovens conselheiros; | Município, Estado e União. | |
8. Incentivar a criação de Grêmios estudantis para fazerem parte do cotidiano escolar, sendo incluídos com legitimidade nas decisões escolares; | Município, Estado e União. | |
9. Criar uma ouvidoria jovem, para sugestões críticas, e estratégias de ações políticas; | Município, Estado e União | |
Transporte | 10. Viabilizar o passe-livre para o transporte municipal, garantindo ao estudante sua freqüência escolar. | Estadual |
11- Trabalho:
Principais Desafios | Soluções | Responsabilidades (Município, Estado ou União) |
1º Emprego: Falta de Oportunidade | 1. Garantias trabalhistas e igualdades salariais ao jovem trabalhador. | Município e Estado |
2. Efetivação do Programa 1º Emprego, pois a exigência de experiência é fator que dificulta. | Município, Estado e União | |
3. Programas de inclusão ao jovem em situação de risco social | Município, Estado e União | |
4. Valorização dos estágios | Municipal e União | |
5. Capacitação especial para jovens deficientes; adequação dos ambientes de trabalhos para portadores de deficiências e incentivar a elevação da escolarização formal do jovem com deficiência. | Municipal e União | |
Qualificação profissional para o jovem; | 6. Ampliar o número de cursos de qualificação profissional gratuito nos municípios; | Estado e Município |
7. Criar programas de qualificação profissional ao jovem maior de 15 anos, que cumpra medidas sócio-educativas. | Município | |
8. Garantir ao jovem domiciliado na zona rural, formação profissional, visando a organização da produção no campo na perspectiva do seu desenvolvimento sustentável e desenvolver política de geração de renda no campo, com incentivos as cooperativas e agroindústria nos assentamentos além de fortalecimento da agricultura familiar; | Município, Estado e União | |
Geração de renda para o jovem | 9. Criação de linhas de crédito ao jovem empreendedor nas modalidades de micro e pequenas empresas, auto emprego e cooperativismo; | União |
10. Criação de programas públicos de emprego e renda, priorizando o jovem a procura do 1° emprego; | Município, Estado e União |
12- Tempo Livre:
Principais Desafios | Soluções | Responsabilidades (Município, Estado ou União) |
Criação de espaços | 1. Construção e manutenção de estruturas físicas e técnicas (quadras, ginásio, teatros, praças, etc) | Município, Estado e União |
2. Criação de Centros de referência para garantir a informação e a produção cultural, por meio de rádios comunitárias e desenvolvimento de atividades culturais e esportivas periódicas em todas as regiões do município. | Município | |
Esporte | 3. Programas contínuos de esporte, cultura e lazer com profissionais qualificados, além de realizar eventos esportivos | Município e Estado |
Cultura | 4. Sessões culturais de teatro e cinema | Município, Estado e União |
Lazer | 5. Resgate cultural de acordo com a realidade local, festejos nas datas comemorativas. | Município |
Educação - Carga horária escolar | 5. Aulas alternativas (música, dança, teatro, arte, inglês, espanhol e francês) (6) | Município, Estado e União |
6. Disponibilizar os espaços existentes nas escolas, para a comunidade. (4) | Município e Estado | |
Informação | 7. Laboratórios de informática públicos nos centros urbanos e ampliação e adequação das bibliotecas públicas | Município, Estado e União |
Incentivo a grupos de jovens | 8. Criar e fortalecer grupos de jovens para discursos permanentes com temas diferenciados e presença de voluntários para troca de informações (grupo de jovens organizado) | Município |
Projetos | 9. Realização de projetos voltados para a juventude (2) | Município, Estado e União |
10. Criar um fundo municipal de juventude destinado às políticas públicas de juventude no município | Município |
13- Liberdades Democráticas:
Principais Desafios | Soluções | Responsabilidades (Município, Estado ou União) |
Mobilizar a Juventude para atividades para o bem comum da Democracia. | 1. Criação e mobilização em termos municipal, estadual e Nacional dos Grêmios, Associações de Moradores e Conselhos de Juventude, enfatizando o poder que o Jovem tem nas mãos e não sabe utilizar. | Município, Estado e União |
2. Campanhas publicitárias em todas as mídias enfatizando a participação política do Jovem nos diversos períodos da História do Brasil. | Município, Estado e União | |
Facilitar o acesso ao lazer e à 2. cultura | 3. Espaços de lazer e cinema nos bairros | Município |
4. Ciclovias para facilitar acesso | Município e Estado | |
5. Criar bolsa-cultura (gratuidade para entrada em eventos culturais) | Município | |
Liberdade de expressão | 6. Festivais de dança e música (divulgação de grupos) | Município |
7. Radio comunitária e parceria com as rádios | Município e Estado | |
Liberdade de ir e vir em qualquer espaço público ou privado | 8. Divulgar leis que criminalizam qualquer atitude de preconceito (raça, religião e sexualidade) | Município, Estado e União |
9. Projetos sociais de inclusão para minorias | Município, Estado e União |